sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Experimenta Design / 2009

Timeless

Menos é melhor

“Menos” será sem dúvida a palavra de ordem para 2009. Milhões de pessoas terão menos dinheiro, menos habitação, menos conforto, menos comida. Atingimos o limite dos nossos recursos naturais e financeiros e não há como aceder a crédito. Temos portanto de nos contentar com menos.

Por mais negativa que esta realidade do “menos” possa parecer, é possível extrair dela lições válidas. Poderá menos ser mais? Poderá a célebre máxima de Mies van der Rohe adquirir um novo sentido, não apenas estilístico, mas enquanto impulso positivo em direcção a lógicas de design mais sustentáveis e economicamente viáveis? Como transformar menos em melhor? Muito se tem dito sobre a necessidade de combater o consumismo desenfreado, poupar recursos, energia, tempo. Mas como colocar em prática estas orientações? Como desenvolver produtos e estratégias que resultem num “menos positivo” que não nos faça sentir mais pobres? É possível reprogramar a cobiça? Tornar o “menos” sedutor? Como pode a ideia de “menos” tornar-se um princípio e ancipador em vez de uma mera restrição?

A EXD lançou o repto a um grupo de países e as suas comunidades criativas. O resultado é Timeless, um showcase experimental que propõe ideias, conceitos e estratégias sob o lema “Menos é Melhor”. Materiais e imateriais, estes novos artefactos para o século XXI deverão implicar menos recursos, sistemas de produção menos complexos e formas de distribuição mais simples. Esperamos que sejam intemporais.




Quick, Quick, Slow

Texto, Imagem e Tempo
Num olhar retrospectivo que se estende ao início do século XX, a exposição explora a dimensão do tempo no design gráfico, mapeando as influências e impactos recíprocos entre grafismo impresso e animado. Quick, Quick, Slow explora o modo como os designers têm evocado a ideia e fluxo do tempo através de formas estáticas, do “look dinâmico” e das primeiras experiências modernistas com tipografia até às complexas sequências animadas concebidas para cinema e publicidade.

A exposição acompanha o percurso do grafismo animado desde os exercícios abstractos dos cineastas pioneiros do século XX, que depois evoluíram para títulos e genéricos de cinema e grafismos para videoclips e anúncios publicitários de televisão. Por fim, Quick, Quick, Slow observa o contexto actual, dominado pelo surgimento do computador pessoal e a importância do meio digital, incluindo websites, jogos e ambientes interactivos, focando as soluções eloquentes e engenhosas encontradas pelos designers para preencher o espaço temporal.

Combinando uma excepcional selecção de peças gráficas impressas, projecções vídeo e peças digitais inéditas, esta exposição traça uma história alternativa do design gráfico na sua relação com o tempo nas suas vertentes de movimento, aceleração e fluxo.